Histórico


Iniciada nos primeiros anos do século XX, quando João Vieira de Macedo, tradicional criador e invernista na fronteira do Brasil com o Uruguai adquiriu terras da região de Uruguaiana/RS, formando a Estância Azul, que mais tarde viria a ser conhecida como Cabanha Azul. Por volta de 1906, época que toda a genética e a tecnologia utilizada para o trabalho no campo eram importadas da Europa e Argentina, ele introduziu na propriedade animais de origem britânica das raças Angus e Hereford, buscando qualificar características de carcaça e precocidade, cuja seleção era feita, fundamentalmente, baseada no olho e na experiência dos técnicos.

No início, um dos destaques da Cabanha era o rebanho Ovino, principalmente da raça Merino Australiano, que chegou a constituir-se no maior e melhor plantel do país, produzindo toneladas de lã com padrão inigualável. Mais tarde, entre as décadas de 50 e 70, o trabalho foi intensificado por seu filho Lauro Macedo, que projetou o nome da Cabanha Azul como o mais importante criatório Gaúcho, conquistando inúmeras premiações em exposições das raças Angus, Hereford e Devon, o que acabou atraindo investidores que procuravam a cabanha para adquirir reprodutores bovinos e ovinos. Então, para centralizar as vendas, criaram-se os leilões, iniciativa pioneira logo difundida por todo país.

Em 1993, a Cabanha Azul sofre um processo de divisão, surgindo então a: Cabanha Azul, Grupo Macedo e a GAP Genética.

Em 1997 a Cabanha Azul Grupo Macedo, dirigida por João Vieira de Macedo Neto, sofre uma nova divisão com o objetivo de buscar uma nova gestão individualizada de cada família. Coube a família de Paulina Macedo Linhares as estâncias: Glória no município de Quaraí e Santa Regina no município de Rosário do Sul, administrada pelo seu filho Vasco Antônio da Costa Gama Filho. Na Estância Glória seleciona-se as raças britânicas Angus e Hereford, e na Estância Santa Regina a seleção é das sintéticas Braford e Brangus. Ambas estâncias possuem lavouras de arroz e soja.

Passados mais de 10 anos sentimos a necessidade de fixar uma marca e um nome que indentificasse o trabalho de seleção realizado pelas duas estâncias, já que participamos de vários remates como: Gap 5 Estrelas, Selo Racial, Criadores de Braford e 3Q.

Surge então a Tradição Azul Agropecuária.

A Tradição Azul, como o próprio nome diz, continua a tradição de seleção de mais de um século da Cabanha Azul.

Com o rebanho de 3300 ventres, dos quais 850 são Braford, 750 Brangus, 700 Hereford e 1000 Angus.

Deste plantel, anualmente selecionamos 200 touros registrados, para uso nos rebanhos e para venda. Esta seleção é baseada nos índices zootécnicos “DEP” obtidos através do promebo e seleção visual, efetuadas pelos técnicos das associações, baseadas no padrão das raças.

Utilizamos em todos os plantéis a inseminação artificial, buscando sempre utilizar touros melhoradores comprovados. Somos perseverantes na busca permanente de animais adaptados e produtivos em regime de campo nativo. Sendo assim hoje produzimos touros e vacas de porte médio, pêlo curto com muita estrutura óssea, boa cobertura muscular e fácil engorde.

Podemos compartilhar com nossos clientes, durante todos estes anos de trabalho, a satisfação de proporcionarmos através dos nossos reprodutores ou matrizes um incremento real na produtividade das suas Estâncias, tanto no abate de novilhos jovens e pesados como no acasalamento de fêmeas de 18 a 24 meses.

Sendo a melhoria dos índices produtivos da pecuária e a satisfação dos nossos clientes as duas forças que motivam nossa equipe de trabalho, temos certeza que a Tradição Azul será marca que firma com o tempo e não se apaga ao longo dos anos.